Estudo mostra que Carnaval carioca movimentou R$ 4 bilhões

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Crédito: Portal Carnaval

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O Carnaval carioca movimenta R$ 4 bilhões. A cifra faz parte de um estudo apresentado nesta sexta-feira, 18 de fevereiro, pela Prefeitura do Rio de Janeiro, durante evento no Palácio da Cidade. Na oportunidade, houve também o lançamento de um mapeamento dos trabalhadores que dependem da festa e fazem o maior espetáculo da Terra acontecer.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, destacou que a folia não se restringe à cultura. “Sempre olhamos o Carnaval como uma festa, uma celebração, um momento de diversão. Mas ainda há pouca reflexão sobre o que significa o Carnaval de fato. E passamos a viver no Brasil um movimento de setores conservadores para acabar com o Carnaval. Nós tivemos um agente político, durante quatro anos, na cidade que é a capital do Carnaval brasileiro, trabalhando permanentemente para desmoralizar o Carnaval. E nem pensava na economia. Vamos ter Carnaval, vamos defender essa grande celebração pelo aspecto econômico e pelo aspecto cultural.”

Trabalhadores

A iniciativa, liderada pela Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, e coordenada pela Fundação João Goulart, busca conhecer o perfil de quem depende da data para trabalhar. A expectativa é de imediato disponibilizar um questionário para 43 mil trabalhadores de escolas de samba e blocos de rua, como soldadores, aderecistas, ritmistas e ambulantes. Levantamento inicial da fundação já identificou 75 diferentes ocupações relacionadas à festa.

O secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo, também defendeu o aspecto econômico do Carnaval. “Criamos, do ponto de vista econômico, uma série de iniciativas para tentar proteger cadeias produtivas e enfrentar esse momento tão difícil. E as iniciativas que tomamos, com conhecimento e informação, permitem que a gente proteja determinados segmentos. O Carnaval tem seus aspectos culturais, sentimentais, de tradição e sua história no Rio, mas tem um aspecto pouco explorado, que é a sua economia e seus impactos. O objetivo de hoje é tentar reunir um conjunto de dados, entender essa economia e a Prefeitura, assim, poder ajuda ainda mais.”

No evento, foi apresentado o Relatório Carnaval de Dados, levantamento feito em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, que reforça a importância econômica da festa, que em 2020 movimentou R$ 4 bilhões, o dobro do valor registrado dez anos antes.

Sem improviso

A presidente da Fundação João Goulart, Rafaela Bastos, explicou o estudo. “Para produzirmos o Carnaval de Dados, tivemos um trabalho prévio para entender o Carnaval contextualmente a partir de dados. Política pública não se faz com improviso. Samba, a gente improvisa muito bem, mas política pública precisamos de dados. A dinâmica do Carnaval é para a toda a cidade do Rio de Janeiro. Temas importantes de destacam com o evento, como geração de renda, empregos e empreendedorismo.”

O estudo mostrou que a receita com ISS de serviços relacionados ao turismo é maior nos dias de folia do que em qualquer outra época do ano, chegando a R$ 25 milhões em fevereiro. A média mensal é de R$ 21 milhões. Durante o seminário, foi discutido ainda o papel do Carnaval como ferramenta de desenvolvimento econômico e seus caminhos para o futuro.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Chicão Bulhões, lembrou o peso da festa carioca no país. “Esses números mostram como o Carnaval também é desenvolvimento econômico, com um impacto gigantesco na economia da cidade. De acordo com estimativas da Confederação Nacional de Comércio, o Rio foi responsável por um terço das movimentações financeiras das atividades turísticas relacionadas ao Carnaval no país, em 2020.”

Samba Pass

Outra novidade foi o anúncio do Samba Pass, projeto da Secretaria Municipal de Esporte que oferece inicialmente 100 vagas para mestre-sala, porta-bandeira e integrantes de comissão de frente das escolas realizarem atividades físicas na Vila Olímpica da Gamboa, conforme explicou o secretário de Esportes, Guilherme Schleder. “Já começamos a atender a partir da próxima semana. Será de terça a sábado, com dois professores de Educação Física, que também são mestres-salas. Queremos contribuir muito para o carnaval do Rio.”


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