Museu do Samba lamenta morte do jornalista Aloy Jupiara

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Referência na cobertura carnavalesca, ele ocupava cadeira no Conselho Deliberativo da instituição

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O Museu do Samba lamenta profundamente o falecimento do jornalista Aloy Jupiara, aos 56 anos, vítima de complicações em decorrência da Covid-19. Ele estava internado no CTI do Hospital São Francisco na Providência de Deus, na Tijuca, desde o dia 29 de março, e morreu nesta segunda-feira (12).

Membro do Conselho Deliberativo do Museu do Samba, Aloy, que era uma das maiores referências do jornalismo brasileiro e da cobertura carnavalesca, foi um grande colaborador do Museu. Integrou o grupo de pesquisadores que participou da elaboração do dossiê “Matrizes do Samba no Rio de Janeiro”, em 2007, documento que foi fundamental para o Ministério da Cultura, após movimento coordenado pelo Museu, reconhecer o samba como patrimônio imaterial do Brasil.

Aloy Jupiara também participou como entrevistador de dezenas de depoimentos da série “Memória das Matrizes do Samba no Rio de Janeiro”, um dos mais importantes projetos desenvolvidos pelo Museu, registrando a história de quase 150 personalidades do samba e do carnaval.

“Nos momentos mais difíceis da história do Museu do Samba, o Aloy sempre esteve à disposição para nos socorrer. Era um exemplo de pessoa e de profissional. O jornalismo perde um profissional ético e dono de um caráter sem igual. O carnaval perde um de seus maiores apaixonados e o Museu do Samba fica sem um de seus grandes pilares. Estou muito triste! Obrigada por tudo, Aloy”, lamentou a fundadora do Museu do Samba, Nilcemar Nogueira.

Jurado do prêmio Estandarte de Ouro, oferecido pelo jornal O Globo, ele era formado pela Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ. De 1987 a 2000, trabalhou como repórter, coordenador e subeditor de Rio e Nacional/Política em O Globo. Entre 2001 e 2004, foi editor do site do jornal. Em 2009, liderou a equipe que criou o site do jornal EXTRA. Atualmente, ocupava o cargo de diretor de redação do jornal O Dia.

Muito querido e admirado pelos colegas de profissão, Aloy, que torcia pelo Império Serrano, destacou-se, ainda, como escritor. Em parceria com Chico Otávio, publicou os livros “Deus Tenha Misericórdia dessa Nação: A Biografia Não Autorizada de Eduardo Cunha”, e “Os Porões da Contravenção”, que abordava a história do jogo do bicho no Rio. Recentemente, participou do documentário “Doutor Castor”, sobre Castor de Andrade.

Profundamente consternado, o Museu do Samba se solidariza com os familiares, amigos e colegas de profissão de Aloy neste momento de luto.

 


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